Neste momento de pandemia voltamos nossa atenção para duas áreas que estão em exposição mais constantemente: os olhos e as mãos. Com o uso das máscaras deixamos coberta a região inferior da face deixando os olhos em evidência. Com uso de álcool gel, lavagem constante das mãos, uso de álcool e outros produtos nas superfícies, nossas mãos ficam mais ressecadas.
Para melhorar a região dos olhos (desde o supercílio a região malar) temos disponíveis vários tratamentos que podem realçar o olhar. O mais conhecido deles é a aplicação toxina botulínica (botox ® / dysport ®), que irá relaxar alguns músculos da região, elevando a sobrancelha e deixando-a mais arqueada, melhor posicionada.
Atualmente tem se falado bastante da técnica conhecida como FOX EYES (“olhar da raposa”). Ela proporciona a elevação da cauda da sobrancelha proporcionando um olhar mais aberto, angulado, por meio do tracionamento do canto do supercílio. Em pacientes que não tenham essa musculatura forte, se associa ao botox, o fio de sustentação, assim ele traciona a região lateral da sobrancelha mecanicamente. Em alguns casos pode haver também a indicação complementar da micropigmentação, para prolongar a sobrancelha e melhorar o olhar.
Os “pés de galinha”, que também ficam evidentes com uso da máscara, podem ser tratados de duas formas. Uma delas é por meio da toxina, e a outra pela hidratação injetável. Essa última é indicada quando há presença de rugas finas estáticas, ou seja, quando mesmo após o uso da toxina ainda ficam aquelas linhas fininhas na região. O skinbooster (nome desta técnica de hidratação) até pouco tempo atrás era feito em 3 sessões, com intervalos mensais. Atualmente, com avanço da tecnologia, já conseguimos fazer em sessão única, facilitando muito a aplicação, adesão do paciente ao tratamento e a visualização mais rápida do resultado do tratamento.
Para pálpebras caídas, devemos avaliar o grau de flacidez. Para pacientes que iniciaram o envelhecimento dessa região, com sobra de pele em menor quantidade, há procedimentos minimamente invasivos como o laser e o plasmage. Para sobras de pele um pouquinho maiores já se pode indicar o tratamento cirúrgico que além de muito simples, é prático e de durabilidade superior aos outros tratamentos. Importante discutir com seu médico qual melhor tratamento para seu caso, pesando pros e contras de cada técnica.
Quando houver bolsas abaixo dos olhos, na pálpebra inferior, pode ser utilizado preenchimento ou cirurgia para seu tratamento. Bolsas iniciais beneficiam-se da aplicação do tratamento com preenchedores, nivelando um pouco melhor o degrau que pode ficar aparente com a presença das bolsas. Bolsas maiores, mais evidentes já seriam de indicação cirúrgica através da blefaroplastia. Muitos pacientes também se confundem com essa região achando que tem bolsas e na verdade não tem. Como assim? Existe uma parte muscular bem abaixo da linha dos cílios que ao sorrir pode ficar mais evidente. Essa faixinha pode dar a impressão de bolsa mas na verdade deve ser tratada com toxina, já que se trata de uma alteração do próprio músculo.
Na região das mãos percebemos que muitas vezes apenas a aplicação de hidratantes tópicos não é suficiente, principalmente no inverno e agora na pandemia. Nesse caso podemos lançar mão da hidratação injetável nessa região. Existe um ácido hialurônico injetável com função de hidratação, que pode ser utilizado nas mãos, e também em outras regiões como: colo, rugas finas na face, nos lábios para melhora do código de barras e para efeito gloss. Ele é inserido e espalhado abaixo da pele, tornando a região hidratada. Através deste tratamento, esses cuidados se tornam mais fáceis. O procedimento é rápido e tem a durabilidade média de 7 a 9 meses.
Apesar de escondida por conta da máscara, a boca também pode precisar de hidratação mais profunda. As marquinhas ao redor da boca e até mesmo o próprio lábio, podem se tornar desidratados, necessitando de cuidados. Quem já tem volume labial pode usar essa técnica para dar um efeito gloss nos lábios, e melhorar alguns vincos que possam ter aparecido.