Cicatrizes: Como prevenir e tratar? - Dra. Marina Felca

Cicatrizes: Como prevenir e tratar?

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Cicatrizes Como prevenir e tratar

No geral as cicatrizes são tidas como antiestéticas, elas são caracterizadas como marcas de tecido fibroso causadas por algum tipo de lesão na pele que pode ser derivada de algum tipo de trauma como: cirurgia, queimadura, cortes, tatuagens, feridas, acnes e até mesmo, marcas de vacinas.

Primeiramente, é preciso exemplificar que existem várias formas de como tratar cicatrizes, pois elas são qualificadas em diferentes tipos, as mais comuns são: Contratura, Quelóide e Hipertróficas.

Pensando em ajudar as pessoas que possuem cicatrizes, eu resolvi responder as principais dúvidas à respeito do tratamento e prevenção dessas marcas. Confira à seguir:

 

A cicatriz da cesárea sai na abdominoplastia?

Sim. Qualquer cirurgia que uma pessoa é submetida, inclusive a plástica, sempre vai existir uma cicatriz. É de extrema importância entender isso, pois não existe nenhum tipo de procedimento cirúrgico que não deixe marcas.

O que ocorre dentro da cirurgia plástica é um esforço para reduzir a percepção dessa cicatriz, ou seja, deixá-la discreta. Por exemplo, na a abdominoplastia, a cicatriz fica escondida no biquíni ou então, se ela precisa ser em T é feito um pontinho intradérmico para não ficar a marca de ponto, é o caso na intervenção cirúrgica na mama.

Caso ficou com dúvidas sobre o que é a abdominoplastia recomendo ler este artigo para ficar por dentro do assunto.

Os recursos usados na cirurgia plástica são baseados no procedimento detalhado para deixar uma cicatriz suave. Mas, o resultado também não depende só da técnica, mas sim, do organismo do paciente.

O processo de uma cicatrização cirúrgica total, pode levar cerca de 2 anos. Todavia, é durante os 6 primeiros meses que podem surgir problemas de cicatriz de Quelóide cicatriz Hipertróficas e cicatriz alargada.

Essas são alterações que podem acontecer e necessitam de tratamento.

 

Quelóide tem tratamento?

Quelóide é um processo de cicatrização que não parou quando precisava. Ocorre que o nosso organismo possui um sistema de ” STOP”, quando ele percebe que os tecidos estão em boa maturação, ele começa a desacelerar o processo de cicatrização, todavia em pacientes com predisposição a quelóide, esse STOP não existe e o organismo continua nesse processo de aceleração de cicatrização.

O resultado disso é uma cicatriz grossa e com coceira, além de ficar bastante visível. Elas podem evoluir em qualquer região do corpo, entretanto, algumas são mais suscetíveis como o tórax, ombro e costas.

É possível melhorar o aspecto da cicatriz, hoje em dia já existem formas de como tratar cicatrizes com Quelóide. Pacientes que já possuem um diagnóstico de quelóide, é preciso fazer um tratamento preventivo.

Pode ser usado a ” betaterapia”, um procedimento que usa energia dos elétrons para prevenir e tratar a formação do Quelóide e cicatriz Hipertrófica.

É importante entender que a cicatriz de Quelóide é considerada como uma doença crônica, tem tratamento, mas não existe uma cura definitiva. Existem momentos de melhora e de piora.

 

Qual é a diferença de Quelóide para uma cicatriz Hipertrófica?

A cicatriz hipertrófica não fica tão grossa como a Quelóide, além disso, a hipertrófica tem maiores possibilidades de regressão quando tratada.

É importante citar que um paciente pode passar por diferentes fases de cicatrização na mesma cirurgia e não existe um ” culpado” por isso, simplesmente é a forma que o organismo encontrou de cicatrizar a pele naquele momento.

 

Pode acontecer falta de sensibilidade na região da cicatriz da cirurgia?

Alterações de sensibilidade são muito comuns em qualquer procedimento de cirurgia plástica. A inervação que traz a sensibilidade para a pele vem do músculo e leva aos nervos superficiais, portanto, sempre que houver um descolamento que levante a pele os nervos da região são retirados.

Até esses nervos se refazerem, é natural que não tenha sensibilidade naquela região,  o prazo para reinervar pode ser de 6 meses.

 

Por que a cicatriz pós cirúrgica fica escura?

No começo é natural que a cicatriz fique escura, pois o corpo inicia o processo de cicatrização interna primeiro, para isso, ele precisa de sangue e oxigênio, motivo pelo qual ela fica escurecida.

Com o passar do tempo, ela clareia, pois os vasos vão se fechando. Por isso, é ideal esperar.

Não adianta usar cremes e ácidos para acelerar o  processo de cicatrização, o que pode ajudar nesse caso é um laser, um tratamento a luz pulsada.

Com o passar do tempo, a textura da cicatriz também muda, no começo ela fica grossa, depois disso, ela afina.

 

Existe algum produto que pode ser passado na cicatriz de quelóide e outras alterações?

Sim, algumas opções de pomadas podem ser usadas à partir de um mês da cirurgia para amolecer a região.

Além disso, existem algumas fitas (micro poros), fios de silicone para reduzir a oxigenação do local.

Em casos mais evidentes e com histórico de quelóides, é possível usar corticóides na região atingida através da infiltração.

 

Como prevenir a Quelóide?

Na realidade, não existe muito o que fazer com relação a carga genética que um paciente tem. Caso ele tenha tendência a desenvolver Quelóide são usadas terapias e pomadas para minimizar os efeitos.

Isso não quer dizer que pacientes que já possuem histórico de Quelóide terão esse problema em todo o procedimento cirúrgico, ou seja, não é um carimbo, não significa que porque uma pessoa teve uma vez na vida, sempre vai ter.

Qualquer pessoa pode ter problemas de cicatrização nos procedimentos cirúrgicos. Isso é do próprio organismo para aquele momento e aquela região.

O processo de cicatrização começa sempre do zero.

Para entender mais sobre como tratar cicatrizes é fundamental buscar orientação médica.

 

Gostou do nosso conteúdo? Confira também nosso artigo sobre cuidados com a alimentação antes e depois de uma cirurgia plástica.

 

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Marina Felca
Marina Felca
Atua na cidade de Americana - SP e atualmente compõe o corpo clínico do Hospital São Francisco, Hospital São Lucas e Hospital Unimed.

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